enquanto engulo o almoço de segunda
pequenas pedras pesam-me nos bolsos
eu queria apenas conter
estes olhos de represa
pedir por um pão mais doce
e uma alma leve
os móveis estão em perfeito estado
o que não vai bem é esta casa de dentro
imbuída de infiltrações raras
o que me dói é este poema desnecessário.
O que me dói é esse poema raro, de dor aguda e sadomasoquista, que quanto mais dói, mais se quer ler.
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