sexta-feira, 9 de maio de 2014

sem título

é preciso que te movas
um grão que seja
neste teu olho de prata

 cabedal de raízes

- são tantas as inundações
que não carregam nada -

é preciso, sim
ferir os nós dos dedos
e desnudar os pés
para que colham a última chuva

2 comentários:

  1. Conheci em primeira mão! Lindo poema, cheio de imagens inesperadas. Tu és poeta (ou poetisa), deveras!

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