as águas de julho
os coqueiros com seus braços
apontados para o alto
a pedra que lançamos
sobre todos os nomes
as vozes que praguejam
pelos condomínios
um pássaro morto pela ventania
os bebês que não nascem
uma âncora de prata
um chão que seja somente chão
dado o tempo que não temos
uma longa e escura avenida
um voo no azul infinito da palavra
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